Não se inicia um ano ou semestre letivo sem que notícias sobre trotes violentos figurem na mídia mostrando a total falta de controle dos alunos veteranos com relação às “brincadeiras” feitas com os novos estudantes, chamados calouros. O que deveria ser um momento de alegria, descontração e comemoração acaba se tornando em humilhação e violência, onde os jovens são expostos a perigos, com riscos à saúde e até mesmo à integridade física.
Os “trotes”, como conhecemos, extrapolam o bom senso. Eles acabam se tornando em constrangimento aos alunos e muitas vezes os excluem, definitivamente, de um convívio social, como foi o caso de um estudante que ingressou na Faculdade de Medicina da USP e simplesmente morreu afogado. E tantos outros que, infelizmente, se tornaram ocorrências graves e notícias das páginas policiais.
O fato é que acontecimentos assim sempre me preocuparam e me fizeram pensar em algo que pudesse coibir estes atos criminosos e preservar os jovens, que acabam sendo vítimas das brincadeiras de mau gosto. Por isso, propus um projeto de lei para proibir todo tipo de trote abusivo e violento cometido contra os alunos recém-chegados às instituições de ensino, que muitas vezes precisaram de horas de estudo e dedicação para ingressarem em faculdades e universidades.
Minha proposta tem como objetivo fundamental chamar a atenção das instituições de ensino para que, alertem os estudantes promotores dos trotes, e criem mecanismos para conscientizar e resguardar seus futuros alunos destas más práticas.
Meu desejo é que os deputados possam se sensibilizar e votar a favor desse projeto de lei que deverá abranger todas as escolas estabelecidas no Estado de São Paulo quer sejam de ensino básico, médio ou superior. A aplicação do trote a alunos recém-chegados a estas instituições precisa ter um fim.
Deputado José Bruno